
Cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), afastados de suas funções devido à Operação Ultima Ratio, começaram a ser monitorados com tornozeleiras eletrônicas nesta terça-feira (5). A medida foi determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), atendendo a um pedido da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF). A investigação envolve a suspeita de venda de sentenças.
A instalação dos dispositivos foi realizada pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), que confirmou o cumprimento da medida nos seguintes magistrados: Sérgio Fernandes Martins, Sideni Soncini Pimentel, Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Bastos e Marcos José de Brito Rodrigues.
Além do monitoramento eletrônico, a decisão judicial proíbe os desembargadores de acessar órgãos públicos e de manter contato com outros investigados. A Corte estadual nomeou juízes substitutos para as funções administrativas temporárias.
A operação também investiga outros servidores do Judiciário, um procurador de Justiça, empresários e advogados, além de familiares dos magistrados. As investigações apontam para crimes como lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e organização criminosa. A Polícia Federal e a Receita Federal utilizaram dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para rastrear movimentações financeiras suspeitas.
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