A ansiedade é um tema que desperta muitas dúvidas e até preocupações. Afinal, é possível se livrar dela completamente? Segundo especialistas, não. Isso porque a ansiedade é uma resposta natural do corpo a situações de estresse e incerteza, funcionando como um mecanismo de defesa que nos ajuda a reagir a possíveis ameaças.
No entanto, quando essa emoção se torna excessiva e passa a interferir na rotina, pode evoluir para um quadro patológico, trazendo impactos negativos para o sono, alimentação, trabalho e relações sociais.
De acordo com o psicólogo Robert Leahy, a ansiedade muitas vezes funciona como um “falso alarme” no cérebro, fazendo com que a pessoa reaja de forma intensa a situações que não representam um perigo real. O renomado psiquiatra Aaron Beck, por sua vez, destaca que essa emoção pode estar ligada a pensamentos disfuncionais e crenças irracionais sobre o medo.
Mas como diferenciar a ansiedade normal da patológica? Imagine que você está caminhando por um local inseguro e, de repente, sente o coração acelerar, a respiração ficar ofegante e a tensão tomar conta do corpo. Essa reação é natural e tem a função de protegê-lo. Agora, se esses mesmos sintomas aparecem do nada, enquanto você está deitado na cama, sem nenhuma ameaça real, é um sinal de que a ansiedade pode estar desregulada.
A boa notícia é que, embora não seja possível eliminar a ansiedade, há maneiras eficazes de controlá-la. Técnicas como respiração consciente, prática de exercícios físicos e psicoterapia podem ajudar a manter esse mecanismo sob controle e evitar que ele afete negativamente a qualidade de vida.
Sarah Monteiro da Silva, é psicóloga Clínica (CRP:14/08342-7)
Pós-graduada em Terapia Cognitiva Comportamental
Responsável pelo Instituto Apoio, Localizado na rua Jeronimo de Albuquerque, nº 1031 (sala 02)
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