
Tramita no Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) a Notícia de Fato nº 01.2025.00005815-4, que cobra esclarecimentos da prefeita de Campo Grande, Adriane Barbosa Nogueira Lopes (PP), sobre o uso de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O MP quer saber por que ambulâncias novas, doadas pelo Ministério da Saúde, estão paradas, enquanto o município continua a utilizar veículos alugados, o que gera despesas extras e pode prejudicar a qualidade do serviço.
Segundo o documento, assinado pelo promotor de Justiça Marcos Roberto Dietz, a Prefeitura tem 10 dias para responder. A apuração gira em torno de mais de 10 ambulâncias que teriam sido entregues pelo governo federal em dezembro de 2024 e abril de 2025, mas que ainda não estariam em operação.
A Promotoria destaca que a manutenção dos contratos de aluguel representa “gastos excessivos” e pode causar prejuízo à conservação dos veículos doados. Além disso, há o risco de o município ter que devolver os recursos recebidos ou até mesmo as ambulâncias, caso descumpra normas federais, como a Portaria de Consolidação nº 6, de 28 de setembro de 2017.
A investigação tem como foco a defesa do dinheiro público e a melhoria dos serviços essenciais, como o Samu, responsável pelo socorro de urgência à população. Também foi anexada ao procedimento a representação do deputado federal Geraldo Resende, que pediu apuração do caso.
(*) Com informações do MPMS