ALERTA: Moradora do bairro Nova Lima cai em golpe da mão fantasma e perde mais de R$ 4 mil

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Uma idosa, de 65 anos, moradora do bairro Nova Lima, em Campo Grande, viu mais de 4 mil reais desaparecer de sua conta após sofrer uma nova modalidade de golpe, que utiliza engenharia social e aplicativos de acesso remoto para a realização de transferências via Pix.

A movimentação financeira aconteceu após a vítima receber uma ligação de supostos funcionários de um banco. Eles disseram para a idosa, que terceiros estariam utilizando seu cartão de crédito em uma loja.

Os golpistas pediram para a vítima fazer a instalação de um aplicativo de acesso remoto. Em seguida, solicitaram o código de acesso, sendo fornecido pela vítima.

Na tarde de ontem (21), a idosa percebeu que fizeram dois Pix que somam um prejuízo de R$ 4.180,00. Diante dos fatos procurou a Polícia Civil e comunicou o ocorrido que foi registrado como estelionato.

O que é o golpe da mão fantasma e como funciona?

O golpe da mão fantasma funciona da seguinte forma: você recebe uma mensagem ou ligação dizendo que precisa realizar uma atualização e clica no link recebido. A partir daí, o criminoso acessa seus dados remotamente e, nesse momento, é possível notar a movimentação sendo realizada na tela, como se fosse uma mão fantasma.

Como evitar cair no golpe da mão fantasma?

Felizmente, existem soluções para evitar golpes digitais, como o da mão fantasma. Confira alguns cuidados que vão repelir fraudes na internet:

  • Cuidado ao clicar em links. É sempre melhor entrar em sites oficiais e navegar por lá. Além disso, vale a pena verificar se o domínio do link é o mesmo da página oficial do site. Por exemplo: se o endereço do seu banco é “bancox.com.br”, desconfie se o link for “atendimento-bancox.com.br”
  • Bancos nunca pedem para que você clique em links, instale apps ou revele senhas. Na dúvida, faça o caminho inverso: procure direto nos canais oficiais de atendimento
  • Em boa parte dos casos, além de clicar em links suspeitos, os golpistas precisam que você instale módulos, seguindo um passo a passo. Esse é um alerta extra: caso você perceba que está seguindo um passo a passo que veio de um link esquisito, é hora de parar
  • Não guarde senhas em arquivos e pastas, pois podem ser acessadas por invasores. Gabardo diz que memorizar senhas é chato, mas é melhor a chateação de mudar uma senha quando esquecê-la do que a dor de cabeça de tê-la em mãos erradas
  • Varie as senhas entre os diferentes apps. Se você cair em algum golpe, o efeito será menos grave
  • Não deixe de instalar atualizações. Elas devem vir de fontes oficiais, mas são elas que garantem que os apps estejam protegidos contra gaps de segurança
  • Instale apps apenas de fontes oficiais. Gabardo lembra que os fabricantes de sistema operacional possuem um rigoroso processo de verificação, aprovação e publicação de aplicativos nas lojas oficiais. As fraudes partem de links e outros apps
  • Desconfie sempre e, na dúvida, não clique. Se o link vier do banco ou de um amigo, ligue para eles, procure explicações. E fique de olho em matérias como esta, que deixa você atualizado sobre o “golpe da vez”

Caí no golpe da mão fantasma. E agora?

Se você percebeu que caiu no golpe da mão fantasma, é importante seguir algumas recomendações. A primeira delas é mapear os riscos.

“Entenda o tamanho do estrago. Se atingiu o banco, entre em contato com a instituição; se houve gastos no cartão, cancele imediatamente; e troque as senhas dos apps que você tiver no celular”, aconselha Gabardo.

Gabardo acrescenta que, quando se está vendo a tela “funciona sozinha”, que caracteriza esse tipo de fraude, é importante interromper a comunicação do smartphone: “desligue o celular, desative o Wi-Fi e tire o chip da operadora”, sugere.

Tomadas essas medidas de emergência, é importante abrir um Boletim de Ocorrência (BO) e, se for o caso, contatar um advogado para ter orientações detalhadas de como proceder. Afinal, a mão pode ser fantasma, mas o perigo de ver a conta bancária em branco é real.

Sobre Vinícius Santos 5887 Artigos
Jornalista - DRT 0002147/MS