
Moradores da Comunidade Mandela, localizada na região norte de Campo Grande, estão enfrentando um drama que perdura há meses: o extravasamento de esgoto em suas casas. A situação chegou a um ponto insustentável durante as chuvas do último final de semana, quando as residências foram invadidas pelo líquido fétido e insalubre.
A reportagem procurou a concessionária Aegea, proprietária da Águas Guariroba, que administra os serviços de água e esgoto em Campo Grande. A empresa alegou que o extravasamento em Mandela ocorre principalmente devido ao mau uso da rede de esgoto pela população.
A equipe da concessionária realiza a desobstrução e a limpeza da tubulação, retirando resíduos e terra indevidamente descartados no sistema. Além disso, alguns moradores lançam água da drenagem de seus imóveis na rede de esgoto, sobrecarregando o sistema e causando o retorno observado nas imagens.




A concessionária também apontou que o despejo irregular de dejetos é a causa principal desse problema recorrente. A tubulação fica sobrecarregada e obstruída, muitas vezes devido às ações dos próprios moradores. A empresa se comprometeu a enviar uma equipe ao local para realizar a manutenção e buscar uma solução para o problema.
RECLAMAÇÃO DA POPULAÇÃO
Moradores da Comunidade Mandela, localizada na região norte de Campo Grande, estão pedindo socorro às autoridades locais devido ao problema de esgoto que se arrasta há meses. Durante as chuvas do último final de semana, moradores tiveram suas casas invadidas por esgoto.
Em conversa com o Nova Lima News, moradores informaram que toda vez que chove o esgoto estoura e invade casas, deixando um cheiro insuportável. A situação insalubre e desumana tem colocado em risco a saúde e a dignidade dos moradores da Comunidade, que pedem por uma solução urgente.
Segundo ainda alguns moradores, que preferem não se identificar, o problema ocorre toda vez que chove, daí o bueiro não suporta e explode, espalhando esgoto para todos os lados. As pessoas que moram próximas são as mais prejudicadas.
A concessionária responsável esteve no local e fez o reparo, porém conforme um morador a solução não resolve o problema e isto vem acontecendo há muito tempo.
As ruas da comunidade são estreitas e precárias, servem como canal de escoamento para o esgoto, que corre livremente por vielas e becos, atingindo a casa dos moradores. Crianças e idosos são os mais afetados, e as mães da Comunidade estão preocupadas com a segurança e o bem-estar de seus filhos.
A situação também está afetando diretamente a qualidade de vida dos moradores. Muitos perderam móveis devido à inundação de suas casas.
A falta de ação das autoridades locais tem gerado revolta da Comunidade. Os moradores alegam que já fizeram inúmeras denúncias e pedidos de ajuda, mas até o momento seus apelos não foram ouvidos.
Em um ato de desespero, a dona de casa Fátima da Silva Portilho, disse que a Comunidade não pode esperar mais tempo, pois a saúde e a dignidade das famílias que residem ali estão em jogo.
“Enquanto as autoridades discutem soluções a longo prazo, medidas emergenciais precisam ser tomadas para minimizar o sofrimento dos moradores da Comunidade Mandela. A falta de saneamento básico não é apenas uma questão de qualidade de vida, mas também uma questão de direitos humanos. O esgoto a céu aberto não pode mais ser tolerado, e a comunidade espera que as promessas se traduzam em ações concretas e imediatas”, ressalta.
Outro morador, que prefere não ser identificado, fez um desabafo, “Viramos esgoto para a Águas de Guariroba, sem falar que não permitiram que construíssemos nossas casas onde foi prometido. Somos humildes e pobres, mas não somos lixo”.
A prefeita Adriane Lopes esteve na Comunidade Mandela e prometeu aos moradores cadastrados que seriam realocados em outros locais, mas até o presente momento a promessa não foi cumprida. O Ministério Público suspendeu a construção das casas, e até o presente momento a situação ainda não foi resolvida, enquanto isso, a Comunidade vive em meio a todo este drama do esgoto a céu aberto.
Veja alguns vídeos registrados pelos moradores: