Manifestantes contrários à eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) furaram na tarde deste domingo (8) barreiras policiais montadas na Esplanada dos Ministérios e conseguiram invadir o Congresso Nacional. Eles subiram a rampa e tomaram a parte onde ficam as cúpulas da Câmara e do Senado. Há a informação de que parte deles conseguiu entrar no prédio do Legislativo.
Outro grupo de manifestantes também se dirigiu ao Palácio do Planalto, que fica ao lado Congresso.
Durante a ocupação da cobertura do Congresso, a tropa de choque tentou conter o avanço dos manifestantes, sem sucesso. Houve reação da polícia, com bombas de gás lacrimogênio.
O grupo saiu do quartel general do Exército no começo da tarde e seguiu até a Esplanada dos Ministérios, que foi fechada durante todo o dia para o acesso de veículos. O grupo percorreu uma extensão de pouco mais de sete quilômetros embaixo de uma leve chuva enquanto gritava palavras de ordem como “Deus, Pátria, família e liberdade” (que era o lema de campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro) e “Supremo é o povo”. Também havia críticas contra o presidente Lula e a imprensa.
A Esplanada dos Ministérios foi fechada ainda na noite de sábado (7) após os serviços de inteligência identificarem a possibilidade do protesto em meio à chegada de mais de 80 ônibus de várias regiões do país com manifestantes.
O senador Veneziano Vital do Rêgo, presidente interino do Senado, afirmou à CNN Brasil que os manifestantes já invadiram o interior do prédio do Congresso. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram parte do grupo dentro do Congresso e vidraças quebradas.
Ministro da Justiça convocou Força Nacional
O ministro da Justiça, Flávio Dino, assinou uma portaria autorizando o uso da Força Nacional na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, entre sábado (7) e segunda-feira (9). A decisão foi tomada justamente para evitar protestos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o resultado das eleições.
Com informações do jornal Gazeta do Povo