Adolescente é vítima de racismo no Lino Villachá e caso vai parar na polícia

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Imagem enviada para o Fale Agora do Nova Lima News

Uma adolescente de 14 anos foi alvo de ataques racistas dentro de uma escola estadual Lino Vilacha, em Campo Grande. Segundo relato da mãe, registrado na delegacia na última quarta-feira (21), a jovem vinha sendo constantemente ofendida por colegas com termos racistas como “carvão da África” e “escrava”.

Além das ofensas verbais, o caso ganhou proporções ainda mais graves com a exposição da vítima nas redes sociais. Em um dos vídeos publicados, uma das autoras debocha do fato de a menina ter se sentido ofendida ao ser chamada de “preta”. No vídeo, ela ironiza: “Mas ela não é negra? De branco, só tem os dentes e olho. Tem que mostrar para ela que ela é preta?”.

A situação veio à tona após um colega de turma que participava do grupo onde as mensagens eram trocadas considerar a atitude inaceitável. Ele levou o caso à direção da escola e mostrou os vídeos e prints das conversas à própria vítima.

De acordo com a mãe da adolescente, a escola tomou providências iniciais e suspendeu a aluna responsável por postar os vídeos com teor discriminatório. No entanto, o caso também foi encaminhado às autoridades policiais.

Outro fator preocupante apontado pela mãe foi o comportamento da responsável pela autora das agressões. Segundo ela, a mulher se identificava como policial, embora seja segurança, e teria tentado intimidar a família da vítima.

Abalada com os episódios de racismo, a família busca agora apoio psicológico para a adolescente. “Estamos tentando acolher minha filha da melhor forma possível. Ela está muito abalada com tudo o que aconteceu”, declarou a mãe ao Nova Lima News na manhã desta sexta-feira (23).

O caso segue sendo investigado como crime de racismo, que é inafiançável e imprescritível, conforme determina a legislação brasileira.

Por meio de nota a SED (Secretária Estadual de Educação) enviou uma nota falando sobre o caso; confira: Em casos como esse, nosso protocolo envolve a chamada dos pais/responsáveis para tratar do ocorrido e aplicação das sanções previstas em Regimento Escolar, bem como o registro no Sistema de Notificações de Ocorrências Escolares. Neste caso, a direção da unidade nos informou que essas medidas já foram aplicadas, inclusive com o encaminhamento do caso para o Conselho Tutelar.