
A falta de dinheiro pode ser um dos principais fatores que levam as pessoas a recorrerem aos “agiotas”.
Na manhã desta quarta-feira (22), um agente da Guarda Civil de Campo Grande, procurou a delegacia para comunicar que dois funcionários de um agiota foram à sua residência, no bairro Tiradentes, para cobrar uma dívida de sua filha, de 41 anos.

Conforme apurado pelo Nova Lima News, os cobradores foram atendidos pela funcionária do servidor público. Eles procuravam pela filha do agente, mas foram informados de que a mulher foi morar em outro Estado. A filha chegou a contar para o pai, que havia feito um empréstimo, mas não entrou em detalhes referente aos valores, ou taxas que seriam cobradas pelo agiota.

Ainda conforme apurado, os cobradores disseram para funcionária do guarda que foram para apenas receber o valor e resolver a pendência “numa boa”, caso contrário teriam que retornar.
Após receber a visita dos cobradores, o guarda municipal entrou em contato com o agiota, que confirmou o empréstimo no valor de R$ 1.000,00, no entanto, devido ao atraso no pagamento o agiota confirmou a ida dos cobradores a fim de receber a dívida.

O caso foi registrado no Centro Especializado de Polícia Integrada – CEPOL, no bairro Tiradentes e será investigado.
Cobrança perigosa
Fazer negócios com agiotas coloca em risco a condição física e financeira do devedor. Em caso de atraso no pagamento, alguns agiotas recorrem à intimidação e extorsão.
Ameaças ao devedor e à sua família são práticas comuns entre esses indivíduos. Sendo assim, a imposição do medo é a principal ferramenta de trabalho dos agiotas, forçando o devedor a fazer o que eles desejam. Além de desencorajar a vítima a procurar a polícia.
Legislação
O crime de usura, previsto no Artigo 7º da Lei 7.492/86, é passível de condenação tanto do agiota quanto daquele que usufrui dos seus serviços. O devedor que faz empréstimo com o agiota está apoiando a atividade ilegal, mesmo que indiretamente.