
Lançado há menos de dois anos, o Pix não para de crescer. O Brasil já possui mais de duas chaves de pagamento instantâneo para cada habitante. São 214,8 milhões de brasileiros e 469 milhões de chaves ativas.

As chaves aleatórias são a maioria: 185,2 milhões. O ranking é composto ainda por CPF (107,8 milhões), celular (98,7 milhões) e e-mail (68,8 milhões).
Os dados foram analisados pelo Metrópoles com base em informações divulgadas pelo Banco Central. A reportagem considera números publicados até junho.

Segundo o Banco Central, a facilidade de acesso e a ausência de tarifas impulsionaram o crescimento do meio eletrônico de pagamento.
“O Pix acabou se tornando um substituto eletrônico para o dinheiro físico, apresentando os mesmos benefícios, como a ausência de tarifas, a disponibilidade imediata dos recursos para o recebedor e a disponibilidade em qualquer horário em todos os dias do ano. Além disso, o Pix, diferentemente do dinheiro, permite a realização de transações não presenciais”, explica, em nota.
Dados do próprio Banco Central apontam que apenas 3% do dinheiro em circulação no país está em formato físico. Ou seja, 97% dos valores são movimentados por meios digitais.
Cuidados
O advogado Caio Sanas, especializado em mercado financeiro e criptomoedas pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), avalia que o sistema vem ajudando a digitalizar os pagamentos, o que traz mais eficiência e segurança para a economia do país.
“Isso é resultado da transformação digital que o mundo vem enfrentando, e acesso à internet, embora tenhamos que melhorar substancialmente em relação a esse acesso. Mas os dados demonstram que é um caminho sem volta, o brasileiro prefere o digital ao dinheiro físico por questões de facilidade, segurança e cultura”, defende.
Assim como qualquer ferramenta digital, o Pix, no entanto, exige cuidados. A pedido do Metrópoles, Sanas preparou dicas para evitar golpes e garantir a segurança das transações.
“Os criminosos aproveitam da engenharia social, ou seja, falta de conhecimento da população para obter recursos de maneira ilícita, prejudicando terceiros”, acrescenta.
Confira dicas para evitar golpes envolvendo Pix:
Desconfie de pessoas que solicitam Pix via WhatsApp. Certifique-se de que você está falando com a pessoa certa.
Utilize apenas o aplicativo e o site do seu banco.
Jamais informe sua senha para terceiros.
Cuidado com os links que as pessoas te enviam por e-mail, WhatsApp e SMS, pode ser algum vírus que consegue recuperar suas senhas.
Cuidado com os QR Codes falsos. Certifique-se de que o beneficiário é realmente a pessoa física ou jurídica que você fará a transferência.
Não utilize Wi-Fi público ou rede que você desconheça.
As informações são do site Metrópoles