
Willian Ferreira de Jesus, de 36 anos, foi morto na noite de domingo (15) após confronto com a Força Tática da 11ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), no bairro Vila Taveirópolis, em Campo Grande. Ele tinha uma longa ficha criminal, com mais de 70 anotações, e havia passado mais de 10 anos preso. Estava em liberdade desde 2023.
Entre os crimes que constam no histórico do criminoso estão roubo, furto, receptação, apropriação indébita e resistência à abordagem policial. Mesmo solto, voltou a se envolver em ocorrência policial, desta vez com desfecho fatal.
Segundo o boletim de ocorrência, a Força Tática foi acionada após denúncia feita pela tia de Willian. Ela informou que o sobrinho havia adquirido uma arma de fogo e teria afirmado que pretendia matar o próprio tio. A mulher comunicou o irmão, que registrou a ameaça na Depac Centro no mesmo dia.
Com base nas informações, a equipe da Força Tática seguiu para o bairro Portal Caiobá, onde o tio mora. Durante diligência, um comerciante relatou que um homem em uma bicicleta, com sinais de embriaguez, passou pedindo lanches e dizendo morar no Coophasul — comportamento que chamou a atenção dos policiais.
Em patrulhamento, os militares encontraram uma bicicleta abandonada junto a uma árvore na Avenida Prefeito Lúdio Martins Coelho, nas proximidades do muro da Base Aérea. Pouco depois, Willian foi avistado em pé em uma área com pouca iluminação.
Ao ser abordado, os policiais ordenaram que ele colocasse as mãos na cabeça. No entanto, ele desobedeceu e sacou um revólver calibre .32, apontando em direção à equipe. Diante da ameaça, o comandante efetuou dois disparos com fuzil calibre 5,56 mm e outro policial realizou um disparo com pistola 9 mm.
Willian foi atingido no tórax e no abdômen (apenas dois tiros o arcertaram). Mesmo ferido, ainda apresentava sinais vitais e foi socorrido por outra equipe da PM até a UPA Leblon, onde recebeu atendimento médico. A morte foi confirmada pelo médico plantonista.
O local foi periciado com acompanhamento do delegado da Cepol. Também estiveram presentes a comandante da Força Patrulha e o supervisor operacional. As armas dos policiais e o revólver calibre .32 usado por Willian foram apreendidos para perícia. A bicicleta também foi recolhida e levada à Delegacia. O caso segue sob investigação.