
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) está apurando mais um possível caso de gripe aviária em Mato Grosso do Sul. A suspeita, divulgada no boletim da noite desta quarta-feira (28), envolve uma criação doméstica de aves — como galinhas ou patos — no município de Amambai, a cerca de 351 quilômetros de Campo Grande.
A investigação segue em andamento, e o Mapa não revelou o local exato onde foi identificado o foco suspeito.
Esse é o terceiro registro suspeito da doença no estado apenas neste mês. Os dois anteriores ocorreram em Angélica e Bonito, também em criações domésticas, mas ambos foram descartados após testes laboratoriais. Até o momento, o único caso confirmado de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil aconteceu neste ano, em Montenegro (RS).
No âmbito estadual, desde 2022, já foram realizadas 151 apurações relacionadas a sintomas respiratórios e neurológicos em aves. Dessas, 55 contaram com coleta de amostras feitas por equipes nacionais, e todas resultaram negativas para o vírus.
Em nível nacional, desde maio de 2023, o Brasil já contabiliza mais de 2.500 investigações de possíveis focos da doença. Desses, 166 casos foram confirmados em aves silvestres e outros quatro em leões-marinhos. Ao todo, o país soma 170 focos confirmados da gripe aviária, entre criações domésticas, comerciais e animais silvestres.
A influenza aviária de alta patogenicidade, causada pelo vírus H5N1, requer notificação imediata às autoridades sanitárias. Criadores, técnicos e demais profissionais da área devem comunicar qualquer suspeita ao Serviço Veterinário Oficial, fundamental para o controle e prevenção da doença.
Além da apuração em Amambai, outras investigações de suspeita estão em andamento em criações domésticas nas cidades de Aurelino Leal (BA), Quixadá (CE) e Manacapuru (AM). Há também suspeitas envolvendo aves silvestres em Armação dos Búzios (RJ), Brasília (DF), Ilhéus (BA) e Icapuí (CE).