
Durante sessão na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (27), o deputado estadual Professor Rinaldo Modesto (Podemos) fez um discurso emocionante e contundente sobre a urgência do combate à violência sexual contra crianças e adolescentes em Mato Grosso do Sul. A fala integra as ações do Maio Laranja — mês dedicado à conscientização sobre o abuso sexual infantil — e trouxe dados alarmantes, além de reforçar a necessidade de políticas públicas contínuas para proteger os mais vulneráveis.
Autor de legislações que marcam a luta em defesa da infância, Rinaldo destacou a importância da Semana de Combate à Pedofilia, instituída por ele em 2009, e reiterou que “não há crime mais cruel do que o abuso de um ser indefeso”. Ele também recordou o caso da menina de apenas 8 anos, violentada e morta no Espírito Santo no último dia 18, fato que gerou comoção nacional e reforçou o clamor por justiça.
“Esse crime não tem rosto, nem classe social. Muitas vezes o abusador é alguém que deveria proteger — um padrinho, professor, líder religioso ou até mesmo um parente próximo. Precisamos romper o silêncio e agir com firmeza”, alertou.
Rinaldo apresentou o trabalho desenvolvido por equipes multidisciplinares da Assembleia Legislativa que têm atuado nas sete regiões de Campo Grande, levando informação e ferramentas de prevenção às escolas e comunidades. Através de cartilhas educativas, psicólogos, advogados e assistentes sociais ensinam crianças e adolescentes a identificar comportamentos abusivos e a denunciar.
O parlamentar também chamou atenção para sinais comportamentais que podem indicar abuso, como mudanças repentinas de humor, uso de roupas inadequadas para o clima (para esconder ferimentos), regressão no desenvolvimento e comportamento sexualizado precoce.
Conforme dados citados pelo deputado, só neste ano, já foram registrados 356 casos de violência sexual contra crianças e 256 contra adolescentes em MS. “São infâncias roubadas, traumas irreversíveis e famílias destruídas. Precisamos transformar dor em ação. Nosso trabalho precisa ser permanente”, afirmou.
Ao encerrar, Rinaldo reforçou os canais de denúncia, como o Disque 100, e pediu à população que seja vigilante e corajosa: “Cada denúncia pode salvar uma vida. Cada criança protegida é uma esperança renovada para o nosso futuro.”
*Assessoria de imprensa