Caso de gripe aviária no Brasil acende alerta, mas MS se mantém livre da doença

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Renato Câmara representou a Assembleia Legislativa em reunião com produtores - Foto: Wagner Guimarães

A confirmação do primeiro caso de gripe aviária (H5N1) em uma granja comercial no Brasil gerou preocupação nacional, mas também mobilizou uma resposta rápida e articulada no Mato Grosso do Sul. Em reunião entre representantes do setor produtivo, órgãos públicos e parlamentares, foi reforçado que o estado segue livre da doença e altamente vigilante para proteger seu status sanitário.

Durante sessão da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (20), o deputado Renato Câmara (MDB), presidente da Frente Parlamentar de Avicultura, destacou que Mato Grosso do Sul não registra nenhum foco da doença e que os protocolos sanitários adotados aqui seguem os mais rígidos padrões internacionais. “Estamos protegidos. Nossa resposta é rápida e os produtores estão preparados. A gripe aviária não causa risco à saúde humana quando controlada, e as granjas afetadas são isoladas imediatamente”, afirmou o parlamentar.

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Câmara também propôs uma mudança urgente na legislação sanitária brasileira, para que o status de “país livre da gripe aviária” seja substituído por uma abordagem regionalizada, de “estado livre”. “O Brasil inteiro é penalizado por um foco isolado. Mas MS, por exemplo, tem território maior que países como Itália e Reino Unido. Não faz sentido sofrer as consequências de uma infecção registrada a milhares de quilômetros de distância”, disse.

O deputado Zé Teixeira (PSDB) reforçou o pedido por equilíbrio e criticou medidas generalizadas. “O frango tem ciclo de produção rápido, e os prejuízos com bloqueios amplos são gigantescos. Temos que evitar repetir erros do passado, como na época da febre aftosa”, alertou.

A proposta de regionalização ganhou apoio das entidades do setor, como Iagro, Mapa, Semadesc, Famasul e Avimasul. O grupo trabalha agora para manter os bons índices sanitários do estado, monitorar riscos e garantir que a produção sul-mato-grossense não seja prejudicada injustamente.

*Assessoria de imprensa