
A Justiça determinou a soltura de Luciano Duarte Servim, de 57 anos, preso desde dezembro de 2024, suspeito de envolvimento no assassinato de Maria Cristina Flores Recalde, morta a tiros no dia 18 de julho de 2002, no bairro Nova Lima, em Campo Grande.
A decisão foi do juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, atendendo a pedido do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). A promotora Lívia Carla Guadanhim Bariani se manifestou pela impronúncia do réu, ou seja, por não levá-lo a júri popular.
Luciano foi denunciado em setembro de 2002, e capturado no dia 10 de dezembro de 2024. Durante o processo, oito testemunhas foram ouvidas e ele foi interrogado. Em sua defesa, negou participação no crime e alegou que a viagem que fez ao Paraguai na época já estava programada, e não foi uma tentativa de fuga.
Ainda segundo Luciano, os comentários que ouviu indicavam que seu irmão, Cláudio Duarte Servim, também suspeito no caso, seria o autor dos disparos. Cláudio continua foragido, com mandado de prisão em aberto.
O juiz considerou frágeis as provas reunidas contra Luciano, tanto na fase policial quanto na judicial, e afirmou que não há elementos suficientes para levar o réu a julgamento. Por isso, com base no artigo 414 do Código de Processo Penal, decidiu por sua impronúncia e revogou a prisão preventiva.
A decisão deixa claro que o processo poderá ser retomado, caso surjam novas provas e a punibilidade não esteja extinta. O irmão de Luciano, Cláudio Duarte Servim, apontado como suspeito, continua foragido. Ele tem mandado de prisão em aberto e segue sendo procurado pela Justiça.
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