Pais denunciam recusa de crianças no Ceinf Jasmim Brahim, no bairro Nova Lima

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Foto: Wesley Silas

Pais e responsáveis por alunos do Ceinf Jasmim Brahim, localizado no bairro Nova Lima, em Campo Grande, estão enfrentando dificuldades após a unidade se recusar a receber diversas crianças sob a alegação de sintomas gripais. A situação tem gerado revolta entre as famílias, principalmente entre aquelas que não têm com quem deixar os filhos para poderem trabalhar.

Segundo relatos de mães que procuraram a reportagem, a direção da unidade estaria impedindo a entrada de alunos com suspeita de gripe, mesmo sem diagnóstico confirmado. “Levei meu filho e, sem nem verificar direito, mandaram a gente voltar. Disseram que ele estava com sintomas gripais. Eu não tenho com quem deixar e acabei perdendo o dia de trabalho”, contou uma das moradoras, que preferiu não se identificar.

Outros responsáveis relatam a mesma dificuldade. “Está acontecendo com várias mães. A gente entende que é importante cuidar da saúde das crianças, mas eles precisam ter bom senso. Nem sempre é algo grave, e estão generalizando”, comentou outra responsável.

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A equipe de reportagem tentou contato com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) para obter um posicionamento sobre o caso e entender se há um protocolo oficial sendo adotado nas unidades da rede municipal em relação a sintomas gripais, especialmente com a chegada do outono, quando as viroses tendem a aumentar, e a Comunicação da Prefeitura emitiu uma nota explicando o protocolo adotado.

NOTA DA PREFEITURA

A Semed informa que, conforme estabelecido em protocolo institucional de biossegurança vigente nas unidades da Rede Municipal de Ensino (Reme), crianças que apresentem sintomas gripais ou quadros semelhantes a infecções respiratórias devem ser temporariamente afastadas das atividades presenciais, como medida preventiva e de cuidado coletivo.

Essa orientação visa resguardar a saúde dos demais alunos, profissionais da educação e das próprias famílias, minimizando o risco de contágio dentro do ambiente escolar.

A avaliação inicial é feita pela equipe da unidade escolar, com base nos sinais visíveis e sintomas relatados, como febre, tosse, coriza, espirros, entre outros. Os responsáveis são orientados a buscar atendimento médico para avaliação mais precisa e eventual liberação, mediante atestado.

Ressaltamos que o protocolo segue alinhado com orientações da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e demais normativas de saúde pública, sendo aplicado com responsabilidade e diálogo com as famílias.