
O setor da construção civil continua em alta em Campo Grande, com reflexos diretos no bairro Nova Lima, o mais populoso de Mato Grosso do Sul. Na segunda-feira (28), empresários e especialistas se reuniram para o evento CBIC Indicadores Regionais – Rodada Centro-Oeste, que apresentou dados inéditos sobre o desempenho da construção civil na região e reforçou o protagonismo de Mato Grosso do Sul no cenário nacional.
O evento, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e pelo Sinduscon-MS, destacou que, no primeiro bimestre de 2025, 1.641 novas vagas formais foram criadas no estado, sendo 738 em Campo Grande. A cidade ocupa a 18ª posição no ranking nacional de geração de empregos no setor.
“Os números confirmam a resiliência de um planejamento que integra políticas públicas, diversificação econômica e inovação”, afirmou Kleber Recalde, presidente do Sinduscon-MS.
O evento também mostrou que o setor da construção civil continua a impulsionar a economia, com o aumento na demanda por imóveis residenciais e comerciais. No primeiro trimestre de 2025, Campo Grande registrou um aumento de 60% nos lançamentos de unidades residenciais verticais, com destaque para o crescimento no segmento de médio padrão.
“Campo Grande consolidou-se como um dos polos de expansão imobiliária do Centro-Oeste no primeiro trimestre de 2025, com um salto de 60% nos lançamentos de unidades residenciais verticais em comparação ao mesmo período de 2024”, destacou Lucas Finotti, da Brain Inteligência Estratégica.
Em relação ao mercado de crédito, Rômulo Aires, representante do BRB, destacou as condições favoráveis para 2025, como taxas de financiamento imobiliário a partir de 5,59% ao ano e carência de até 180 dias. “O banco está comprometido em ampliar o acesso a recursos, garantindo segurança jurídica e agilidade”, afirmou Aires.
Além disso, especialistas discutiram as perspectivas para o mercado imobiliário e a necessidade de políticas públicas para estimular a demanda. “O crescimento em lançamentos mostra vitalidade, mas precisamos de políticas para estimular a demanda, como linhas de crédito acessíveis e desburocratização”, afirmou Lucas Finotti.
As discussões destacaram ainda a importância da construção civil para a redução do déficit habitacional. Evento contou com apoio da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems).