O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou nesta sexta-feira (4) a soltura da missionária Eliene Amorim de Jesus, presa há dois anos por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. A decisão, no entanto, não representa liberdade total: Eliene cumprirá medidas cautelares rigorosas impostas pelo magistrado.
Natural do interior do Maranhão, Eliene, de 28 anos, é missionária da Assembleia de Deus Campo Miracema, e já trabalhou como manicure. Estudante de Psicologia, ela foi detida sem apresentar antecedentes criminais. Segundo apuração da Revista Oeste, não há provas diretas de que tenha participado ativamente da depredação de prédios públicos ou da organização dos atos antidemocráticos.
Apesar disso, um dos indícios usados contra a jovem foi a publicação de um story em que mencionava a intenção de escrever um livro sobre os acontecimentos de 8 de janeiro. Testemunhas afirmam que ela se encontrava do lado de fora do Palácio do Planalto durante os atos.
Para deixar o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), Eliene deverá usar tornozeleira eletrônica. Além disso, está proibida de acessar redes sociais, conceder entrevistas, manter contato com outros investigados, ou receber visitas — exceto de seu advogado, pais e irmãos.
A defesa de Eliene é conduzida pelo advogado Hélio Garcia Ortiz Júnior, que também representa Débora dos Santos, cabeleireira condenada a 14 anos de prisão pelos mesmos eventos. Segundo a defesa, a decisão representa um avanço, mas ainda impõe limitações severas à liberdade da missionária.
*Com informações Pleno.News