Custo da cesta básica sobe em 14 capitais e Campo Grande tem a quarta mais cara do país

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Foto: Valter Campanato - Agência Brasil

O custo da cesta básica continua pesando no bolso dos campo-grandenses. De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o preço médio dos itens essenciais aumentou em 14 capitais brasileiras no mês de fevereiro, incluindo Campo Grande, que registrou uma das cestas mais caras do país.

Com um valor médio de R$ 773,95, a cesta básica na capital sul-mato-grossense é a quarta mais cara do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo (R$ 860,53), Rio de Janeiro (R$ 814,90) e Florianópolis (R$ 807,71). Já as capitais com os menores custos foram Aracaju (R$ 580,45), Recife (R$ 625,33) e Salvador (R$ 628,80).

O que mais subiu?

Os principais responsáveis pela alta da cesta básica foram o café, o tomate e a carne bovina de primeira. O café registrou aumento em todas as capitais pesquisadas, com variações entre 6,66% em São Paulo e 23,81% em Florianópolis.

Enquanto Campo Grande viu seu custo aumentar, apenas três capitais apresentaram redução nos preços: Goiânia (-2,32%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%). As maiores elevações ocorreram em Recife (4,44%), João Pessoa (2,55%), Natal (2,28%) e Brasília (2,15%).

Salário-mínimo deveria ser maior

O Dieese estima que o salário-mínimo necessário para suprir as necessidades básicas de uma família deveria ser de R$ 7.229,32, ou seja, 4,76 vezes o valor atual de R$ 1.518,00. O cálculo considera a cesta mais cara do país (São Paulo) e as despesas essenciais, como moradia, saúde, transporte e lazer.