
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou o descarte de 195.227 urnas eletrônicas do modelo UE 2009, que chegaram ao fim de sua vida útil após aproximadamente dez anos de uso, ou seis eleições. O processo começou em agosto do ano passado e faz parte do Plano de Logística Sustentável (PLS), uma iniciativa que visa garantir o descarte adequado e a reciclagem dos componentes dos equipamentos.
A desmontagem das urnas envolve a separação de materiais como metais, plásticos e placas eletrônicas, que, após passarem por um processo de trituragem para descaracterização, são encaminhados para reaproveitamento. Segundo o TSE, cerca de 98% dos materiais retirados das urnas são reciclados, com o restante sendo destinado a aterros sanitários certificados, conforme as normas ambientais vigentes.
O descarte está sendo realizado pela empresa NGB Recuperação e Comércio de Metais, localizada em Guarulhos (SP). A operação está sendo acompanhada de perto por auditores do TSE, garantindo a transparência e segurança do processo. Até agora, cerca de 52% das urnas foram processadas, e a empresa tem até junho de 2025 para concluir o trabalho. O total de urnas descartadas até o momento soma 1.873.940 quilos, incluindo baterias e outros componentes.
A Justiça Eleitoral ressalta que essas práticas têm como objetivo aprimorar as políticas de sustentabilidade da instituição, com foco na promoção da coleta seletiva, redução de resíduos e incentivo à reciclagem. O modelo de urna eletrônica é utilizado no Brasil desde 1996, sendo armazenado pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) em cada um dos 27 estados.