O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, em 2025, o Brasil terá 11.540 novos casos de leucemia, um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos do sangue. A doença, cuja origem geralmente é desconhecida, provoca o acúmulo de células doentes na medula óssea, prejudicando a produção normal de células sanguíneas.
Existem 12 tipos de leucemia, sendo os mais comuns a leucemia linfoide aguda, que afeta principalmente crianças, e a leucemia mieloide aguda, mais frequente em adultos.
De acordo com a hematologista Maria Amorelli, campanhas de conscientização são essenciais para que a população reconheça os sintomas precocemente e busque tratamento o quanto antes. Além disso, ela destaca a importância da doação de sangue e medula óssea para o tratamento da doença.
A especialista explica que as leucemias podem ser divididas entre agudas e crônicas. As leucemias agudas se instalam rapidamente e apresentam sintomas intensos, como palidez, cansaço extremo, manchas roxas pelo corpo, sangramentos e infecções frequentes. Já as leucemias crônicas evoluem de forma mais lenta, podendo causar anemia persistente e aumento dos gânglios linfáticos sem sintomas aparentes por um longo período.
Grupo de risco e tratamento
A leucemia pode atingir qualquer pessoa, mas alguns grupos são mais vulneráveis. Crianças até 10 anos e idosos têm maior incidência da doença. Além disso, pessoas que já passaram por quimioterapia, radioterapia ou foram expostas a substâncias como benzeno e agrotóxicos correm mais risco de desenvolver a enfermidade.
O tratamento varia conforme o tipo da leucemia. Os casos agudos exigem quimioterapia agressiva e, em algumas situações, transplante de medula óssea. Já as leucemias crônicas podem ser tratadas com medicamentos orais.
Como doar medula óssea
Para se tornar um doador de medula óssea, é preciso ter entre 18 e 35 anos, estar em boas condições de saúde e não possuir doenças graves ou infecciosas. O cadastro pode ser feito em hemocentros ou em coletas externas promovidas por bancos de sangue.
A doação de medula pode salvar vidas, especialmente de pacientes com leucemia que necessitam de um transplante para aumentar as chances de cura.