Promotoria investiga fila gigantesca por exame de câncer em Campo Grande

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Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul - MPMS
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Mais de 700 pessoas estão na fila para um exame que pode salvar vidas

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu uma investigação para apurar a longa fila de espera pelo exame de cintilografia em Campo Grande. O procedimento é fundamental para diagnosticar doenças graves, como o câncer. Segundo a 32ª Promotoria de Justiça, 741 pacientes aguardam para realizar o exame, um número alarmante diante da urgência do diagnóstico precoce.

Atualmente, três hospitais na capital são habilitados como Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) e, portanto, têm a obrigação de oferecer exames especializados pelo Sistema Único de Saúde (SUS): Santa Casa, Hospital do Câncer Dr. Alfredo Abrão e Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. A investigação, instaurada nesta quarta-feira (5), vai verificar se essas unidades estão cumprindo com essa exigência.

A promotora de Justiça Daniella Costa destacou na portaria do inquérito que a falta ou insuficiência desses exames tem atrasado o início do tratamento dos pacientes, comprometendo a eficácia do atendimento público de saúde na capital.

Medidas adotadas

Para aprofundar a investigação, o MPMS solicitou que a Secretaria de Estado de Saúde informe, em até 20 dias, se o Hospital Regional está oferecendo a cintilografia e quantos exames foram realizados nos últimos seis meses. Também questionou quais providências serão tomadas para atender os 741 pacientes na fila e se eles foram incluídos no programa “MS Mais Saúde, Menos Fila”, lançado pelo governo estadual em 2023 para reduzir a espera por atendimentos médicos.

A mesma solicitação foi enviada à Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) sobre a Santa Casa e o Hospital do Câncer Dr. Alfredo Abrão. Além disso, a promotoria busca informações sobre o andamento do processo licitatório para credenciamento de novas clínicas especializadas. O MPMS segue acompanhando o caso e pode adotar novas medidas caso os esclarecimentos sejam insuficientes.

(*) Com informações do MPMS

Sobre Vinícius Santos 5887 Artigos
Jornalista - DRT 0002147/MS