Choque descobre possível tráfico de pessoas e liberta 70 bolivianos na Capital

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Divulgação / BPChoque

Na manhã desta quinta-feira (30), policiais do Batalhão de Choque (BPCHOQUE) de Campo Grande encontraram 70 bolivianos, entre homens, mulheres e crianças, em uma residência no Bairro Tijuca, sob suspeita de cárcere privado. A denúncia foi feita pelos próprios imigrantes.

A Polícia Militar foi acionada para atender uma possível ocorrência de cárcere privado. Chegando ao local, os policiais encontraram um homem, que se apresentou como representante dos imigrantes, e informou que uma mulher de 35 anos estava retendo as vítimas na residência, exigindo R$150,00 para liberar suas bagagens e permitir a saída.

Dentro da casa, foram localizados 71 bolivianos. Eles relataram que haviam saído da Bolívia com destino a São Paulo, e que aguardavam transporte desde a noite de 28 de janeiro. Eles estavam sem alimentos, água e condições mínimas de descanso, pois o imóvel não tinha estrutura para tantas pessoas.

A mulher responsável pela operação confirmou que havia alugado a casa, mas alegou que o local seria para ela e os motoristas de um ônibus que transportava os imigrantes. Ela negou ter fornecido alimentos, transferindo a responsabilidade para os próprios imigrantes. O ônibus utilizado no transporte foi apreendido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) por estar irregular.

Diante dos fatos, a Polícia Militar acionou a Polícia Federal, que orientou o encaminhamento dos bolivianos para a base da PF. A mulher e o boliviano que se apresentou como representante dos imigrantes foram levados para a Superintendência da Polícia Federal.

A mulher já possuía diversas passagens pela polícia, incluindo corrupção de menores, tráfico de drogas e lesão corporal. A Polícia Federal informou que os imigrantes deverão retornar à Bolívia em até 60 dias. Os responsáveis pelo transporte foram ouvidos e precisam fornecer apoio para o retorno dos imigrantes. A PF também confirmou que o grupo entrou no Brasil sem seguir o processo migratório adequado.

(*) Com informações do g1-MS

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