
Quatro anos após deixar a Casa Branca, Donald Trump retorna nesta segunda-feira (20) ao cargo de presidente dos Estados Unidos. A posse do republicano, como 47º presidente, ocorre exatamente 1.461 dias após o fim de sua primeira gestão, mas em um contexto global marcado por mudanças significativas.
Desde 2021, dois grandes conflitos se destacaram no cenário internacional: a invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022, e o conflito entre o Hamas e Israel, iniciado em outubro de 2023. O ataque do grupo palestino em território israelense, que causou mais de 1,2 mil mortes, deu início a desdobramentos como confrontos entre Israel, Irã e o grupo libanês Hezbollah.
Outra mudança geopolítica significativa foi o retorno do Talibã ao comando do Afeganistão, em agosto de 2021, após 20 anos da presença militar norte-americana. Desde então, o grupo intensificou violações de direitos humanos, especialmente contra mulheres.
Relação com o Brasil
Trump encontrará uma relação distinta com o Brasil em seu segundo mandato. Durante sua primeira gestão, entre 2019 e 2021, o republicano tinha uma forte parceria com o então presidente Jair Bolsonaro. Porém, com a ascensão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), divergências políticas e ideológicas tendem a afastar os dois países.
A posse será realizada às 12h (14h no horário de Brasília) no Capitólio, sede do Congresso americano. Diferentemente das cerimônias tradicionais, o evento ocorrerá em um ambiente fechado devido à onda de frio em Washington. Esta é a primeira vez desde 1985, quando Ronald Reagan assumiu seu segundo mandato, que uma posse presidencial ocorre em local fechado.
A previsão para esta segunda-feira indica uma das temperaturas mais baixas registradas em dias de posse na capital americana.
O retorno de Trump à Casa Branca marca o início de um novo capítulo político para os Estados Unidos, que enfrenta desafios internos e externos em um cenário global em constante transformação.