
A prefeita Adriane Lopes (PP), eleita para comandar a prefeitura de Campo Grande, é conhecida por sua atuação no meio cristão como missionária da Igreja Assembleia de Deus Missões, liderada pelo pastor Antônio Dionizio. Apesar de a liderança da igreja ter enfrentado momentos delicados, incluindo escândalos envolvendo seus líderes, Adriane mantém firme sua ligação com a fé cristã, congregando ativamente com sua família.
Outro nome de destaque no cenário político cristão da cidade é Epaminondas Vicente Silva Neto, conhecido como Papy, pastor da Igreja El Shaday. Além de sua trajetória como assistente parlamentar e vereador, Papy traz consigo o legado de seu pai, Apóstolo Edilson Vicente da Silva, sendo um baluarte da igreja local e muito influente no meio político. Ele faleceu em 2020 em decorrência da Covid-19.
A Câmara Municipal de Campo Grande neste novo pleito possui uma forte presença de representantes que professam a fé cristã. Contudo, a expectativa quanto à prática dos valores bíblicos na vida pública gera controvérsias. Para muitos, a adesão sincera aos preceitos de Cristo poderia transformar a administração pública e abençoar a cidade. Porém, há de se reconhecer de que nem todos os políticos que se declaram cristãos seguem os ensinamentos de maneira íntegra. A avareza, a vaidade e a hipocrisia segue firme na mesa das decisões.
A recente eleição foi marcada por uma disputa acirrada. Adriane Lopes venceu, no segundo turno, com pouco mais de 12 mil votos de diferença, em um pleito que também registrou alto índice de abstenção: 28,60% dos eleitores não compareceram às urnas. Além disso, votos brancos e nulos somaram mais de 28 mil. Esses números refletem um crescente desencanto da população com a política, ainda mais quando os postulantes ao cargo não correspondem às expectativas.
Enquanto Papy promete uma Câmara mais próxima da comunidade, Adriane reafirma seu compromisso em trazer resultados concretos para Campo Grande. Ambos enfrentam o desafio de superar o histórico de frustrações políticas, reconquistar a confiança da população e trazer um novo ar de esperança.
Em um passado não muito distante o pastor Gilmar Antunes Olarte (sem partido), que chegou ao ápice da carreira política ao assumir o cargo de prefeito de Campo Grande, há 10 anos, acabou sendo afastado do cargo, preso e condenado por corrupção.
Serão os atuais líderes capazes de honrar seus compromissos e exercer uma gestão pautada nos valores que dizem professar?
Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor! A aplicação desses valores na prática política determinará se Campo Grande experimentará uma nova era de prosperidade ou se continuará a lutar contra os mesmos desafios de sempre.