
A Polícia Federal (PF) prendeu neste sábado (14) o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022. A prisão ocorreu em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Após ser detido, Braga Netto foi entregue ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia do Exército.
A ação faz parte de uma operação conduzida pela PF para cumprir mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A operação investiga a suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Braga Netto está entre os 37 indiciados no inquérito que envolve Bolsonaro e outros aliados do ex-presidente.
De acordo com a PF, os mandados incluem uma prisão preventiva, duas buscas e apreensões, além de uma medida cautelar diversa da prisão. A corporação afirma que as medidas visam evitar a obstrução da produção de provas durante a investigação.
Braga Netto nega as acusações, afirmando que “nunca se tratou de golpe e muito menos de plano de assassinar alguém”. Ele declarou ainda que sempre agiu de forma ética e dentro dos parâmetros constitucionais.
A operação representa mais um desdobramento nas apurações sobre os acontecimentos que sucederam o resultado das eleições de 2022.