Após críticas, Prefeitura anuncia criação da Fundação Municipal de Cultura

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), confirmou a criação da Fundação Municipal de Cultura, que substituirá a proposta inicial de extinguir a Secretaria Municipal de Cultura e integrá-la à Secretaria Municipal de Educação (Semed). A decisão foi anunciada após críticas ao projeto de reforma administrativa enviado à Câmara de Vereadores na última semana.

A Fundação Municipal de Cultura será subordinada à Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais. Segundo o vereador Ronilço Guerreiro (PODE), presidente da Comissão Permanente de Cultura e autor da emenda que propôs o novo modelo, a fundação contará com orçamento próprio, autonomia financeira e possibilidade de gerar receitas para viabilizar projetos culturais.

Críticas e Mudança no Projeto

Durante a sessão ordinária da última quinta-feira (5), parlamentares destacaram a necessidade de manter a autonomia da área cultural. Eles argumentaram que a educação já lida com diversas demandas e que a integração poderia enfraquecer as políticas culturais.

De acordo com Ronilço, a criação de uma fundação requer prazos e regramentos específicos. Inicialmente, a prefeita ofereceu 180 dias para sua implantação, mas o vereador negociou para que o prazo fosse reduzido para até 120 dias. Até lá, a Secretaria de Cultura será mantida em operação para assegurar a gestão da área cultural.

Autonomia e Gestão

A justificativa da emenda destaca que a fundação poderá operar com recursos repassados pelo orçamento municipal e gerar receitas próprias para aplicar em políticas culturais. O vereador reforçou a importância de separar os orçamentos e demandas de educação e cultura, garantindo que ambas as áreas recebam a devida atenção.

Sobre a gestão da futura fundação, Ronilço afirmou que não tem interesse em assumir o comando, preferindo continuar no mandato de vereador e defender as pautas culturais. Ele defende que a gestão seja conduzida por uma pessoa técnica, com experiência na área cultural, para garantir a criação e execução de editais que beneficiem a classe artística.

A proposta segue em tramitação, e a expectativa é de que a nova estrutura fortaleça as políticas culturais em Campo Grande, atendendo às demandas do setor de forma independente e eficiente.

As informações são do Portal Midiamax