
Depois da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) e da Secretaria da Juventude, agora é uma vez a Fundação de Cultura cair nas graças da prefeita Adriane Lopes.
Conforme Projeto de Lei nº41 encaminhado à presidência da Câmara de Vereadores de Campo Grande, a prefeita propõe a transferência da Fundação de Cultura para a Secretaria Municipal de Educação. O que causou alvoroço no meio político. O objetivo do Projeto de Lei é reduzir os gastos com a máquina pública. Mas como reduzir gastos “trocando seis por meia dúzia”?
Ao mesmo tempo em que Adriane extingui algumas secretarias, ela cria duas novas pastas: a Secretaria Especial da Casa Civil e a Secretaria de Articulação Regional. Essas duas secretarias parecem estar mais focadas nos anseios políticos do que na prestação de serviços à população, aparentemente, para agradar “gregos, troianos e amigos do rei”.
Digo isso porque, no PL, a prefeita destaca que ‘o principal objetivo das mudanças’ é para atender às exigências “Políticas, Sociais e Econômicas” dos dias atuais. No entanto, é importante ressaltar que a ordem apresentada está invertida em relação às prioridades apresentadas nas iniciais do PL. O correto seria, primeiro, atender às demandas econômicas (redução de gastos), seguida das questões sociais (priorizando o atendimento a população) e, por último, das exigências políticas (…).
Ainda conforme o documento, as mudanças parecem visar a concretização das propostas de gestão apresentadas no Programa de Governo, as quais foram aprovadas pela população campo-grandense nas urnas.
O texto do PL destaca ainda que toda a proposta de reformulação administrativa será absorvida pela estrutura atualmente existente, mas não deixa claro, qual o gasto atual da máquina pública e nem quanto vão economizar. E novamente se contradiz com o objetivo principal que é enxugar a máquina pública.
Outra secretaria que deixará de existir definitivamente a partir do próximo ano é a Secretaria da Juventude. A pasta, antes comandada por Maicon Nogueira — considerado um dos “queridinhos” da prefeita —, desempenhou um papel importante para que Nogueira conquistasse o cargo de vereador, graças ao seu bom desempenho à frente da secretaria. O Procon também será extinto.
Trocou-se seis por meia dúzia e as mudanças propostas no Projeto de Lei nada mais é do que ‘mais do mesmo’. E como tudo acaba em pizza, é bem provável que a Câmara vai aprovar sem qualquer questionamento.
Gildo de Souza Teixeira – Jornalista MTE:1222