
O Governo de Mato Grosso do Sul, sob o comando de Eduardo Riedel (PSDB), e a Prefeitura de Campo Grande, liderada por Adriane Lopes (PP), estão sendo forçados pela Justiça a resolver o imenso caos nas filas de pacientes que aguardam por consultas e cirurgias oftalmológicas e plásticas reparadoras. A população, que sofre há anos com o abandono e a falta de atenção do poder público, agora espera que medidas concretas sejam tomadas para diminuir o sofrimento.
A decisão judicial foi tomada após o Ministério Público Estadual (MPMS) identificar graves violações no acesso à saúde. O MPMS aponta que 11.750 pacientes estão aguardando na fila para atendimento oftalmológico, com casos que se arrastam por anos, incluindo solicitações feitas desde novembro de 2016. Os dados são alarmantes:
- Catarata: 4.752 pacientes;
- Retina geral: 2.222 pacientes;
- Pterígio: 1.539 pacientes;
- Plástica ocular: 1.075 pacientes;
- Oftalmologia pediátrica: 977 pacientes;
- Estrabismo: 786 pacientes;
- Córnea: 220 pacientes.
A promotoria também destacou a escassez de profissionais: há apenas sete médicos oftalmologistas na rede pública municipal, número claramente insuficiente para atender a uma demanda que só cresce.
Agora, a Justiça exige que tanto o Governo do Estado quanto a Prefeitura apresentem planos detalhados e metas claras para reduzir as filas, sob pena de uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento. Se a situação continuar negligenciada, os gestores poderão ser responsabilizados por improbidade administrativa e até mesmo crime de desobediência.
Mesmo diante dessa situação crítica, o Estado e o município ainda podem recorrer da decisão, o que poderá atrasar ainda mais o atendimento que a população tanto precisa e espera.
(*) Com informações do MPMS