Pernil, filé, picanha? Só se for no crédito parcelado em 12 vezes

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Preço da carne de vaca disparou por conta da seca, alta da demanda interna, aumento nas exportações e inflação MARCO AMBROSIO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO – 09.11.2024

Alta das carnes puxa o preço da cesta de Natal, que aumentou em 9,16%, segundo a prévia do levantamento do IPC-Fipe

A cesta de produtos para a ceia de Natal ficou 9,16% mais cara em 2024 em comparação ao ano anterior, de acordo com levantamento preliminar da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O preço médio passou de R$ 402,45, em 2023, para R$ 439,30 neste ano, impulsionado principalmente pelo aumento das carnes e do azeite de oliva.

O lombo de porco registrou alta de 19,72%, seguido pelo pernil (17,80%), filé mignon (16,87%) e picanha (14,94%). Entre os produtos essenciais da ceia, o azeite teve o maior aumento, de 21,30%. Esses números superam a inflação acumulada dos últimos 12 meses, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que ficou em 4,76%.

Impactos climáticos e sazonalidade pressionam preços

O economista Guilherme Moreira, da Fipe, explicou que o aumento expressivo das carnes está relacionado à seca severa e queimadas ocorridas em setembro e outubro, que reduziram a produtividade no campo. “Esse aumento chegou com força justamente na época de Natal, quando a demanda é maior. As carnes serão o principal destaque negativo, impactando as festas de fim de ano”, afirmou.

Outro fator que contribuiu para a alta foi o aumento da demanda interna e o crescimento das exportações, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP.

Sugestão: Antecipar compras para economizar

Com a previsão de alta contínua até o Natal em produtos como peru, pernil, lombo e chester, especialistas recomendam antecipar as compras para evitar os preços mais elevados perto das festividades.

A pesquisa da Fipe avalia 15 itens típicos da cesta de Natal e outros 11 produtos complementares, considerando suas oscilações no mercado ao longo do período.

No ano passado, o cenário era diferente, com as carnes mais baratas e o azeite sendo o item com maior aumento. Neste ano, a combinação de fatores climáticos e econômicos pesou no bolso dos consumidores, elevando os custos das tradicionais celebrações de fim de ano.

*R7