Lula lança Plano Nacional contra a Dengue com investimento de R$ 1,5 bilhão

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Foto: Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, nesta quarta-feira (18), um plano de ação nacional contra a dengue e outras arboviroses, como chikungunya, zika e oropouche, em antecipação ao período de chuvas e calor no Brasil. O plano contará com um orçamento de aproximadamente R$ 1,5 bilhão, provenientes do Ministério da Saúde, para combater o aumento dessas doenças, que são transmitidas principalmente pelo mosquito Aedes aegypti.

Durante o lançamento no Palácio do Planalto, Lula enfatizou a importância da preparação tanto do sistema de saúde quanto da população para reduzir os focos de mosquitos. Ele destacou que a responsabilidade deve ser compartilhada entre governo e cidadãos, apontando que os focos do mosquito podem estar tanto em áreas mais humildes quanto em locais de alto poder aquisitivo, como piscinas abandonadas e vasos com água parada.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, explicou que o plano inclui medidas como o desenvolvimento de vacinas, ações emergenciais, testes rápidos e pesquisa científica. A ministra ressaltou que, embora seja difícil garantir o verão com o menor número de casos de dengue, esse é o objetivo a ser perseguido. Os esforços envolverão colaboração entre estados, municípios e instituições públicas e privadas.

O plano de ação está estruturado em seis eixos principais: prevenção, vigilância, controle dos vetores, organização da rede assistencial, preparação para emergências e comunicação comunitária. Além disso, a vacinação contra a dengue será uma estratégia progressiva, com a distribuição de milhões de doses da vacina da Takeda e, futuramente, do Instituto Butantan.

Até agosto de 2024, o Brasil registrou 6,5 milhões de casos prováveis de arboviroses, com os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e o Sul do país concentrando a maior parte dos casos. As ações propostas têm o objetivo de reduzir o impacto dessas doenças e evitar hospitalizações e mortes evitáveis durante o período crítico de aumento dos casos.

*Agência Brasil