“Só agora tive coragem de denunciar”, diz vítima de abusos dos 8 aos 13 anos no Nova Lima

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Jovem de 25 anos compareceu à delegacia na última quinta-feira (11) para denunciar abusos que sofreu durante sua infância e adolescência. Ela relatou que sua mãe foi casada com um homem de 44 anos por aproximadamente seis anos, período em que ela e sua irmã mais nova foram vítimas de abusos cometidos pelo padrasto.

Conforme o boletim de ocorrência, os abusos ocorreram até os treze anos. A jovem disse que o padrasto a tocava de forma inapropriada durante a noite e, em algumas ocasiões, ela acordava sem roupas.

Segundo a jovem, o suspeito tentou ter relações sexuais com ela, mas parou ao perceber o sangramento. A irmã, hoje com 23 anos, também sofreu os mesmos abusos, já que ambas dormiam no mesmo quarto.

Ainda conforme o registro policial, a jovem revelou ainda que, após o padrasto sofrer um acidente de moto, ele ficava em casa o dia todo, na companhia de seu irmão. Como as irmãs estudavam no período da tarde, ficavam sozinhas com os dois homens, momento em que eram assediadas por ambos. A vítima suspeita que o padrasto tenha vídeos íntimos delas, pois ele costumava filmá-las durante o banho.

A vítima desabafou ao Nova Lima News que somente agora teve coragem de denunciar os abusos às autoridades. O caso foi registrado como estupro de vulnerável na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA). O caso está sendo investigado pela polícia.

*Nome e endereço da vítima serão preservados para segurança

Saiba onde denunciar casos de abuso sexual

Polícia Militar – 190: quando a criança está correndo risco imediato

Samu – 192: para pedidos de atendimento médico urgentes

Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres ou qualquer delegacia de polícia

Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa

Conselho tutelar: todas as cidades possuem conselhos tutelares, confira as de Campo Grande e Mato Grosso do Sul aqui. São os conselheiros que vão até a casa denunciada e verificam o caso. Dependendo da situação, já podem chegar com apoio policial e pedir abertura de inquérito.

Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia.

WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008

Unidades do Ministério Público