
Possível caso de descaso com o corpo de um idoso de 70 anos que faleceu na manhã de domingo (07), em uma residência na Rua Pousada do Sol, Jardim Anache, em Campo Grande, chamou a atenção da Polícia Civil. O corpo do idoso ficou horas à espera da remoção para o Serviço de Verificação de Óbito.
Conforme o Boletim de Ocorrência, a responsabilidade pela demora seria das funerárias que atuam em Campo Grande. A situação foi registrada na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol.
O filho da vítima, morador de Rochedo-MS, compareceu à Depac Cepol para informar sobre o falecimento de seu pai. Ele relatou que na casa de seu pai existem duas construções no mesmo terreno, sendo que na casa da frente o idoso havia abrigado duas pessoas por dó. Na manhã do domingo, essas pessoas ouviram um barulho vindo da casa da vítima e foram verificar.
Ao chegarem, encontraram o idoso caído e pediram ajuda a uma vizinha que é enfermeira. A vizinha tentou realizar os primeiros socorros enquanto acionavam o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O óbito foi constatado pelo médico do Samu às 09h08.
No momento do registro da ocorrência, o investigador questionou o agente funerário da Pax Pro Vida sobre a apresentação do caso apenas às 16h30. O agente informou que a remoção do corpo era responsabilidade da Pax União, que estava de plantão social.
No entanto, a Pax União teria se recusado a buscar o corpo por ordem da proprietária, que determinou que seus funcionários não fossem ao local. De forma humanitária, a Pax Pro Vida teria feito a retirada do corpo a pedido do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), encontrando o corpo já com rigidez cadavérica.
Procurada pela reportagem, Karina Cacheta, da Pax União, negou a situação. Ela afirmou que não foi acionada e que a responsabilidade pela remoção era da Pax Pro Vida, que estava de plantão. Cacheta garantiu que, assim que acionado o serviço social funerário, a Pax União assumiu o caso e se encarregou do sepultamento do idoso.
Procuramos a Pax Pro Vida para comentar o caso, mas não obtivemos retorno. O espaço segue aberto.