Após pedido de deputado, Energisa realiza operação para remover fios clandestinos na Capital

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Na noite desta quarta-feira (26), a Energisa, com apoio das equipes da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon) e do Grupo de Operações e Investigações (Garras), iniciou uma operação para remover fios, cordoalhas e cabos clandestinos em Campo Grande. A ação foi motivada por denúncias do deputado estadual Paulo Duarte (PSB) durante sessões ordinárias na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

Após a denúncia, Duarte iniciou conversas com a Energisa e a Secretaria de Segurança do Estado, solicitando apoio policial para a retirada das redes que não atendiam aos padrões e normas técnicas definidos por leis federais. Paulo Roberto dos Santos, diretor técnico comercial da Energisa, afirmou que foram identificadas 164 empresas legalizadas utilizando a estrutura da empresa, todas notificadas quanto à qualidade de suas instalações.

Na operação inicial, realizada no quadrilátero das ruas Rui Barbosa, Joaquim Murtinho, José Antônio e avenida Afonso Pena, foram encontradas 15 operadoras clandestinas sem identificação nos cabos, resultando na retirada de seus fios. A ação retirou o cabeamento de 22 postes.

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Um mapeamento feito pela Energisa em toda a capital identificou mais de dois mil pontos com instalações clandestinas. “Para a Energisa é fácil a identificação dos fios. O cabo regularizado tem uma placa colorida que identifica o proprietário. Quem não tem a placa está clandestino”, explicou Paulo Roberto dos Santos.

Equipes da Polícia Civil, Decon e Garras deram apoio à operação. O delegado titular da Decon, Reginaldo Salomão, esclareceu que o acompanhamento policial visa garantir a segurança dos técnicos da Energisa e comprovar a conduta criminosa de ocupação clandestina das estruturas. Ele orientou os consumidores que possam ter adquirido um serviço clandestino a procurar seus direitos na Decon ou no Procon e registrar uma ocorrência.

O deputado Paulo Duarte, principal articulador da ação, apresentou os resultados na tribuna da Assembleia Legislativa. “Muitas operadoras estão fazendo instalações de forma absolutamente irregular. Estamos vivenciando no Mato Grosso do Sul uma verdadeira terra sem lei. Cada um instala o que bem entender, sem autorização, o que é uma espécie de furto, pois quem está regular paga pelas empresas que operam de forma clandestina. Só ontem foram retirados 4 mil metros de fios irregulares em um pequeno trecho com 22 postes”, concluiu o parlamentar.