
Histórica e emblemática: assim ficou marcada a visita de indígenas e quilombolas ao Bioparque Pantanal – Espaço de Experiência e Conhecimento. 180 integrantes de cinco comunidades, entre eles alunos da Escola Estadual Zumbi dos Palmares, estiveram no complexo na quarta-feira (6), pela manhã.
Aluna do oitavo ano, Paola dos Anjos Martins, de 12 anos, gostou muito do passeio. “Está tudo muito lindo! O que mais gostei foi do túnel, onde a sensação que dá é de estar dentro do rio, com os peixes passando por cima”, disse.

Consciente, a também estudante do oitavo ano, Ana Carla Martins, de 15 anos, aproveitou o passeio para reforçar a importância de preservar o meio ambiente. “Foi muito legal o passeio, gostei de ver os peixes e os outros objetos que tem. Levo daqui alegria, muitas lembranças boas, principalmente a lição de preservar o meio ambiente”, disse.

Para o cacique e presidente da Associação de Moradores da Aldeia Água Bonita, Alder Romeiro Narreia, levar os jovens ao Bioparque Pantanal vai além de uma simples visita, é a oportunidade de apresentar a riqueza da fauna pantaneira. “Para os nossos jovens é muito interessante conhecer a variedade que temos de peixes. Nós que viemos da aldeia já conhecemos a maioria dos peixes, mas é muito importante que nossos jovens também conheçam e essa é a oportunidade. Aqui representa um pedacinho do pantanal. Essa geração nova que está vindo, mesmo não estando lá [Pantanal], já aprende a valorizar o que ele representa dentro no nosso meio ambiente”, afirmou.

O subsecretário de Políticas Públicas para a População Indígena, Fernando da Silva Souza, destaca que é extremamente importante oportunizar essa experiência aos mais jovens. “Extremamente importante, temos aqui muitos jovens tanto indígenas quanto quilombolas, que nunca tiveram a oportunidade de visitar o Pantanal e, trazê-los para cá foi um exercício muito importante pois eles estão vivenciando e admirando a beleza que existe em nosso estado, especialmente na região do Pantanal”, afirmou.
A diretora do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri, reforça a importância de abrir as portas do Bioparque para a população, principalmente indígena e quilombola. “É uma alegria receber a população em nosso complexo, oportunizar essa experiência que tenho certeza que ficará marcada na vida de cada um entrou aqui”, afirmou.

Integraram a visita alunos da Escola Estadual Zumbi dos Palmares, localizada na comunidade Furnas do Dionísio, e moradores das aldeias indígenas Paravá, Inámaty Kaxé, Água Bonita e Comunidade Tarsila do Amaral.
