Sindicato dos Professores se reúne com prefeito, mas não impede que pais fiquem revoltados com a paralização

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Muitos pais estão revoltados com a paralização e a ameaça de greve dos professores municipais de Campo Grande. A grande maioria dos educadores aderiram à paralisação nesta sexta-feira (11) e muitos alunos ficaram sem aula. A categoria, esteve nesta manhã em reunião para discutir a possível greve que começará a partir do dia 17 de março.

Segundo informações, neste exato momento, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) está em reunião com o presidente do sindicato, Lucilio Nobre, onde discutirão uma readequação da proposta apresentada pela categoria.

Pais revoltados

A paralização desta sexta-feira dividiu a opinião de muitos pais. A auxiliar administrativa, Lucélia Bispo, de 39 anos, acredita que quem perde com tudo isso são as crianças, que já foram prejudicadas nos dois anos de pandemia. “Acho que nossas crianças já perderam muito por conta da pandemia, no início das aulas meu filho chorou porque estava com medo de voltar e não saber ler corretamente e nem escrever com letra cursiva”, relata.

A auxiliar administrativa conta ainda que não é contra a reivindicação de reajuste nos salários dos professores, mas questiona: “É justo com nossas crianças?”. Lucélia tem dois filhos em idade escolar, um no 4º ano e o outro no 7º ano do ensino fundamental.

A mãe de um aluno, que prefere não se identificar, diz ser contra a paralização “Eles tiveram tempo pra entrarem em um acordo com a prefeitura. Agora na volta as aulas vão fazer protesto, dificulta pra alguns alunos né que perderam tempo na pandemia”, desabafa.

Já a dona de casa, Liliani Sanches, 38 anos, diz ser a favor da paralização “O presidente deu o reajuste e nosso digníssimo prefeito está fazendo chacota com a cara dos servidores. O salário dele aumentou, e porque não dar os 62,7% que o presidente assinou? Então se preciso for, irei junto com os professores reivindicar esse direito”, finaliza Liliane.