
O jogo Roblox, febre entre o público infantil, tornou-se uma preocupação para os pais após viralizar que o jogo simula crime organizado, com direito a menções a facções, tráfico e recrutamento. Além disso, diversos pais passaram a postar vídeos alertando sobre os perigos do Roblox, como, predadores sexuais que podem usar o chat da plataforma para atrair crianças.
Uma mãe, cuja identidade não foi revelada, denunciou à polícia após descobrir que seu filho de 8 anos estava adquirindo armas e discutindo sobre ir “até o PCC” no jogo. O PCC é uma das maiores facções criminosas do Brasil. O caso foi encaminhado para uma delegacia de crimes cibernéticos, onde está sob investigação.
O jogo permite não apenas a compra de armas, mas também atividades como prática de roubos, e apresenta representações lúdicas de facções criminosas, incluindo o Comando Vermelho, no Rio de Janeiro. Um mapa específico chamado “Favela do Batata” também levanta preocupações entre os pais.

Imagem: Reprodução/Roblox
Além disso, há inquietações sobre a segurança das crianças em relação à possibilidade de predadores sexuais. O jogo possui um recurso de chat, e como não há verificação de identidade dos usuários, existe o risco de adultos se passarem por crianças. Os pais estão sendo alertados para desabilitar o chat se não estiverem familiarizados com essa opção. O caso ressalta a importância do monitoramento parental e da conscientização sobre o conteúdo acessado por crianças em plataformas online.
O que dizem as mães
- Vi o jogo, e uma parte falava em lavagem de dinheiro, máfia e PCC. Pedi ao meu filho para me mostrar [como funcionava]. Ele tentou roubar um carro, mas não conseguiu. Foi interceptado pela PM e ofereceu dinheiro, mas não aceitaram. Porém, ele me disse que às vezes aceitam [o suborno].
M.R., mãe de uma criança de 8 anos
- É um jogo que tem armas, que tem o PCC, que mata as pessoas. [Meu filho] me disse que conseguiu comprar uma arma. Expliquei o que era o PCC. Ele falou que também tem o CV, que é o Comando Vermelho. Eu falei que CV é uma outra facção.
G.B., mãe de uma criança de 9 anos
Ambas dizem ter proibido os filhos de acessar os servidores. Elas relataram, porém, dificuldades de reportar sobre os mapas violentos para a plataforma.

Imagem: Reprodução/Youtube-KainãGamer.
Com informações: Uol e Pleno.News