Com mais de 13 mil notificações no ano, casos de dengue apresentam queda em Campo Grande

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Combate a dengue n Capital. (Foto/Reprodução)

Com mais de 13 mil casos notificados de dengue, em Campo Grande, no ano, o cenário da doença apresentou queda nesta semana. Conforme indica o boletim epidemiológico houve uma redução de mais de 80% no comparativo entre maio e junho deste ano.

O relatório epidemiológico divulgado pela Gerência Técnica de Endemias, ligada a Coordenadoria Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), no mês de maio aponta 2.605 casos de dengue no município, ao passo que no mês seguinte (junho), foram 464 notificações. Diferença representa uma queda de aproximadamente 82%.

Contudo, apesar do resultado positivo, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) alerta para a importância da manutenção das medidas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, que além da dengue, transmite a Zika e a Chikungunya.

O boletim ainda indica que durante todo o ano (01 de janeiro a 05 julho), foram notificados 13.391 casos e quatro óbitos por dengue em Campo Grande. No mesmo período, foram notificados 52 casos de Zika e 109 de Chikungunya.

Ações estratégicas

De acordo com a prefeitura de Campo Grande, ações estratégicas de prevenção são as responsáveis pela diminuição dos casos, reflexo do trabalho que vem sendo executado nas sete regiões e distritos do município.

No início do ano, a  Prefeitura lançou uma megaoperação, denominada “Operação Mosquito Zero”, que ao longo de quatro meses percorreu as sete regiões urbanas e distritos do município. Foram mais de 80 mil imóveis vistoriados, toneladas de materiais inservíveis recolhidos e centenas de focos do mosquito Aedes aegypti eliminados.

Paralelo à Operação Mosquito Zero, o trabalho de rotina e monitoramento é intensificado com o uso das chamadas “Ovitrampas”, além da sensibilização e engajamento comunitário, através das ações de Educação em Saúde nas escolas públicas e privadas e empresas.

O município também apostou na instituição e fortalecimento de parcerias, ampliando a adesão ao projeto “Colaborador Voluntário”, que tem o objetivo de instituir a cultura da prevenção, implementando ações compartilhadas entre o poder público e privado, propiciando às empresas envolvidas no processo condições para desenvolverem de modo eficiente o programa de prevenção, evitando as doenças de caráter endêmico e epidêmico.

Cuidados permanentes

A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SVS-Sesau), Veruska Lahdo, reforça que 80% dos focos do mosquito são encontrados dentro dos lares, diferente do que muita gente pensa. Naquele vaso de planta que fica no fundo de quintal, na calha entupida e em materiais inservíveis jogados no quintal.

“Portanto é preciso que isso sirva de alerta para a população e que todos nós tenhamos consciência. O poder público faz a sua parte, mas é extremamente necessário o envolvimento de todos nesta batalha”, destaca.

O maior número de focos é encontrado em pequenos depósitos de água, como garrafas, vasos de plantas, embalagens plásticas, entre outros.

A superintendente enfatiza que o trabalho de combate ao Aedes aegypti é constante. “Diariamente, as nossas equipes estão empenhadas nas ações de rotina e mutirões com o objetivo de reduzir os índices de proliferação e, consequentemente, de notificações das doenças transmitidas pelo mosquito, como a dengue, Zika e chikungunya”, finaliza Veruska Lahdo.