
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, marcou para o dia 22 de junho o julgamento de uma ação que pode resultar na inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A referida ação, que tramita em sigilo na Corte, investiga a conduta de Bolsonaro durante uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada. Durante o encontro, o ex-presidente suspeitou das urnas eletrônicas, sem apresentar provas e criticou o sistema eleitoral brasileiro.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) já se manifestou a favor da inelegibilidade de Bolsonaro devido à sua conduta durante uma reunião com os diplomatas. De acordo com o MPE, o discurso de desconfiança em relação às eleições proferido pelo ex-presidente foi capaz de abalar a confiança de parte da população brasileira na aprovação dos resultados eleitorais.
O MPE apontou indícios de abuso de poder político, abuso de autoridade, desvio de direção e uso indevido dos meios de comunicação por parte de Bolsonaro.
O general Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, também é citado na ação. No entanto, o MPE defende a absolvição de Braga Netto, alegando que não há provas de sua participação nos fatos investigados. O órgão é favorável apenas à inelegibilidade do ex-presidente.