No terceiro estado mais perigoso do país para população LGBTQIAP+, vereador Beto Avelar faz alerta contra crimes

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FOTO: Izaías Medeiros – CMCG

A morte do mestrando Danilo Cezar de Jesus Santos, de 29 anos, desencadeou uma série de debates na sociedade. Entre os tópicos está a violência contra a população LGBTQIAP+, geralmente motivados por preconceito contra a orientação sexual do individuo agredido. Por conta disso, o vereador Beto Avelar (PSD) comentou sobre o medo que tem a respeito desta questão na Câmara Municipal.

“Eu tenho um filho que é homossexual e que trabalha como dj à noite. Todo os dias quando ele sai de casa para trabalhar, eu tenho medo como a dona Maria, mãe do Danilo, que foi brutalmente assassinado. A minha preocupação como pai está na maldade do ser humano, das pessoas tratarem de forma pejorativa e violenta em razão da sexualidade dele”, explica Beto Avelar.

O parlamentar enfatiza que o assunto deve ser tratado como prioridade na Capital pois o último levantamento do Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil, publicado em 2022, coloca Mato Grosso do Sul como o terceiro Estado com terceiro estado do país com maior índice de mortes violentas de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersexo (LGBTI+).

Beto Avelar também relembrou o caso do cirurgião dentista Gustavo Lima, de 27 anos, que trabalhava voluntariamente na vacinação e foi vítima de homofobia em agosto de 2021. Uma mãe disse ao profissional que não queria que a filha fosse vacinada por ele ser gay. A agressão verbal, o preconceito e a violência psicológica levaram Gustavo à depressão e ao suicídio dois meses depois.

“Como pai, a preocupação que devemos ter é com a criminalidade e a maldade que foi feita com o Danilo no final de semana. É importante tratar deste assunto para que esse caso não seja apenas mais um na estatística. Eu quero essa conscientização em nossa sociedade e o fim do preconceito”, conclui o vereador Beto Avelar.