Com atendimento paralisado, órgãos se reúnem e tentam remanejar recursos do SUS para atender Hospital de Câncer na Capital

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Em reunião realizada nesta segunda-feira (6), estado, prefeitura e Ministério Público decidiram tentar antecipar um recurso de R$ 300 mil do Ministério da Saúde destinado a entidades filantrópicas para atender emergencialmente o Hospital de Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande. Os atendimentos no hospital estão paralisados desde 22 de fevereiro.

Novos pacientes não estão sendo aceitos no hospital que atende 99% de pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e 70% de pacientes oncológicos da rede pública do estado. De acordo com o coordenador administrativo do hospital, Amilton Fernandes Alvarenga, cerca de 500 novos pacientes deixaram de ser atendidos desde o início da paralisação.

A expectativa dos órgãos é que se tenha uma resposta sobre o recurso emergencial até quarta-feira (8). Enquanto isso, a repactuação dos outros valores continua sendo discutida.

Os atendimentos foram suspensos após parte da equipe médica anunciar paralisação devido a não resolução de reivindicações feitas por profissionais da saúde.

Segundo a direção da unidade de saúde, o valor recebido do governo federal, estadual e municipal para o custeio do local não é suficiente.

A direção diz que o gasto mensal da instituição é de mais de R$ 4 milhões. Acima do repasse feito pela prefeitura, governo do estado e governo federal, que soma uma média de R$ 3,5 milhões por mês.

Nas contas do hospital, para manter o funcionamento normal, seria necessário um aporte adicional de R$ 770 mil. Em janeiro deste ano a direção do hospital enviou um relatório financeiro à prefeitura de Campo Grande apontando a defasagem entre o que recebe e o que gasta.

Dentre os pedidos estão a regularização dos pagamentos e dos contratos dos integrantes do Corpo Clínico; Regularização dos serviços de patologia e exames de imagens (ressonância magnética e cintilografia óssea), essenciais aos diagnósticos e seguimentos de tratamentos.

Estão sendo realizados somente atendimentos de urgência e emergência no Pronto Atendimento do HCAA, além das cirurgias de urgências e emergências, atendimentos de UTI e os tratamentos nos setores de quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia já em andamento.

Com informações do G1-MS

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Jornalista - DRT 0002147/MS