Foi identificado como Washington Lins de Souza, 35 anos, o corpo de um homem encontrado pela própria família na manhã de ontem (09), dentro da área, onde fica o Hospital São Julião em Campo Grande.
Em entrevista ao Nova Lima.News a esposa da vítima, Flávia Alcântara da Silva, 39 anos, afirma estar desesperada à espera da liberação do corpo.
“No dia 26 de dezembro de 2021 levamos ele para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), do bairro Moreninhas. Lá descobrimos que ele estava com Hepatite e encaminharam para o Hospital São Julião com objetivo de fazer o tratamento”, explica a esposa de Whashington.
Ainda segundo a família no dia 27 do mês passado o então, paciente, teve algumas crises e fugiu da unidade hospitalar. “No mesmo dia em que ele fugiu do hospital, um assistente social me ligou perguntando sobre minha situação financeira sem dizer que meu marido havia sumido. No mesmo dia a mesma pessoa me ligou por volta das 20h, dizendo o que tinha acontecido e assim que tivessem informações entrariam em contato”, revelou Flávia.
Já no dia 31 de dezembro a família foi até o hospital e recebeu a informação da unidade de que foram feitas buscas na região, mas sem sucesso. A partir dessa informação, os próprios familiares pediram para entrar e tentar fazer buscas por conta própria, mas não foram autorizados.
Segundo a família foram orientados a procurar a Polícia Civil e corpo de Bombeiros.
“Com o desespero e sem informações nenhuma resolvemos sair pelos bairros da região perguntando aos moradores, mas ninguém sabia de nada”.
No dia 1 de janeiro a esposa e o cunhado foram ao local e pediram para fazer buscar por conta própria, mas foram impedidos. Foram orientados a procurarem a Polícia Civil para registrar ocorrência do desaparecimento e só depois começar as buscas. No dia seguinte voltaram a unidade e foram autorizados com a condição de serem conduzidos por um colaborador do hospital.
“Fomos em dez pessoas e nos dividimos entre mulheres e homens. As mulheres procuram em local aberto e os homens forma para mata fechada. Por volta de 9h30 o próprio funcionário que nos acompanhou achou o corpo”, revelou.
IDENTIFICAÇÃO
A família diz que, mesmo antes da equipe técnica da Perícia chegar ao local, eles já haviam identificado o corpo por uma deficiência na mão esquerda e uma placa metálica no maxilar.
“Eu falei para o delegado que atendeu a ocorrência sobre esses detalhes e ele confirmou, mas mesmo assim, pediu exames para o IMOL(Instituto de Medicina e Odontologia Legal)e o corpo ainda não foi liberado. Enquanto isso ficamos sofrendo sem poder enterrar meu marido”.

Corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição - Foto: reprodução
Nossa equipe entrou em contato com o delegado que atendeu a ocorrência. De acordo com o doutor, Rodrigo Alencar Machado Camapum as informações repassadas pela família procedem.
“Estivemos no local e realmente haviam as evidencias ditas pela esposa da vítima sobre a identificação, mas pelo estado em que o corpo foi encontrado, vi a necessidade de pedir exames para identificação oficial”.
Ainda segundo o delegado o exame ficara pronto ainda está semana o que possibilitará a liberação do corpo para a família.
Entramos em contato com o Hospital, mas até a publicação deste texto não tivemos resposta.
O caso foi registrado como morte a esclarecer e segue sobre investigação.