CRUELDADE: Perícia confirma que menina, de 02 anos, morta pela mãe e padrasto na Capital, sofreu estupro

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A menina Sophia, de dois anos, que faleceu no último dia 26 de janeiro na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Coronel Antonino, foi vítima também de estupro. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (03) pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), que emitiu o laudo de necrópsia do corpo da vítima. A causa da morte, segundo consta no documento, foi traumatismo na coluna cervical.

O histórico da criança no Sistema Único de Saúde (SUS) aponta que foram pelo menos 30 atendimentos médicos em diferentes unidades de saúde de Campo Grande ao longo de pouco mais de um ano por diversos sintomas, em especial lesões corporais. Em um dos casos mais graves antse de sua morte ela fraturou a tíbia ao apanhar do padrasto dentro de casa. O pai biológico da vítima chegou a fazer registros de ocorrência e tentou pegar a guarda, mas os processos não avançaram.

O lauto pericial descreve que Sophia sofreu um trauma na coluna cervical que acabou evoluíndo para o acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica. Além disso, o documento também confirma que ela foi violentada sexualmente de forma não recente. Essa já era uma das suspeitas da investigação, mas ainda faltava a comprovação para o enquadramento do crime. Com a conclusão pericial, o caso agora caminha para a conclusão.

O caso

Padrasto e mãe, 25 e 24 anos, foram presos em flagrante, na noite de quinta-feira (26) pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil acusados de espancar e matar a filha, de apenas dois anos e sete meses de idade, em Campo Grande. A criança deu entrada, morta, na Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Coronel Antonino.

De acordo boletim de ocorrência, a menina foi levada ao posto de saúde pela mãe com várias lesões pelo corpo, mais precisamente, nas costas, no braço, joelho, olho e também um inchaço ao ombro esquerdo, além de estar com abdômen inchado. As médicas plantonistas fizeram o atendimento e constataram que a criança já estava sem vida, inclusive com início de rigidez cadavérica, calculando que a morte poderia ter ocorrido a cerca de quatro horas antes.

Diante do caso, a polícia foi acionada, sendo informado ainda pelas médicas que estranharam a calma e tranquilidade da mãe, após receber a notícia do óbito da filha. “Apenas veio a demonstrar nervosismo, quando informada que seria acionada a polícia”, relatou uma das médicas.

Ainda de acordo com registro policial, a mãe negou em primeiro momento as agressões, mas depois mudou a versão passando a contar que trabalhava o dia todo e que seu marido, cadastro da criança, cuidava da menina e que ele dava tapas e socos para “corrigi-la”. Ao final, também, a mulher acabou confessando que batia na própria filha.

Em diligência, no endereço do casal, na Vila Nasser, o homem foi preso. Ele relatou que havia agredido fisicamente a menina há cerca de três dias atrás e negou os crimes. Os dois já passaram por audiência de custódia e tiveram as prisões decretadas pela Justiça, ambos estão alojados em presídios do Estado aguardando pela conclusão do inquérito e o julgamento.

As informações do Enfoque MS

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