Procon apreende centenas de iPhones sem carregadores

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Procon do Distrito Federal (Procon-DF) realizou a apreensão de iPhones em lojas na capital Brasília no último dia 11 de novembro. O motivo da remoção dos produtos seria a violação da medida que proíbe a venda dos celulares da Apple sem carregadores no Brasil.

Conforme as informações, os telefones foram retirados das prateleiras de lojas da Claro, Vivo, Fast Shop e duas unidades da iPlaces. Para mais, foram apreendidos modelos do iPhone 11 ao recém-lançado iPhone 14.

A operação do Procon-DF é resultado da disputa judicial entre o Ministério da Justiça e a Apple. Em setembro deste ano, a Gigante de Cupertino foi proibida de vender iPhones sem carregadores na caixa em território nacional.

O órgão alegou que a marca pratica venda casada, forçando os consumidores a comprar um produto extra para o funcionamento completo dos dispositivos. Além disso, a fabricante foi multada em mais de R$ 12 milhões.

Segundo as informações do Tecnoblogas vendas dos iPhones foram restabelecidas após um mandado de segurança da Apple ter sido autorizado no dia 21 de novembro. Além disso, especialistas esclarecem que a apreensão dos produtos não foi ilegal.

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) diz que a Maçã não poderia vender celulares sem carregadores a partir do iPhone 12, o primeiro a adotar a prática. Contudo, outros aparelhos sem o acessório também deveriam ser apreendidos durante as ações, como ocorreu com unidades do iPhone 11.

Abuso de poder

O mandado de segurança da Apple foi aprovado pelo juiz Diego Câmara Alves, da 17ª vara federal da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF). Segundo o magistrado, não houve prática ilícita ou violação dos direitos do consumidor por parte da marca.

Para mais, Alves cita que a suspensão das vendas de iPhones é uma atitude de “abuso de poder” do órgão regulador. Então, a Senacon teria violado os “princípios da legalidade e da impessoalidade” ao aplicar a sanção apenas à Maçã.

Em nota ao MacMagazinea Apple disse estar confiante de que vencerá a disputa legal. Além disso, afirma que os clientes estão cientes das várias opções de acessórios para carregamento dos dispositivos oferecidos pela fabricante.

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Jornalista - DRT 0002147/MS