11 descasos e um destino

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Gildo de Souza - Foto: Pedro Thiago

11 Descasos

Na última semana, mais de 11 carros ficaram atolados na Rua Paranapebas, localizada no bairro Jardim Columbia, em Campo Grande. A situação foi denunciada por moradores, que alegam negligência por parte do poder público em atender demandas simples, como a retirada de areia e cascalho acumulados na via.

A precariedade das ruas na região é apenas um reflexo dos problemas enfrentados pelos moradores. Segundo relatos, buracos em diversas vias têm causado prejuízos financeiros aos cidadãos, que, mesmo pagando impostos, sofrem com a falta de infraestrutura adequada. “A gente não tem nem tempo de correr atrás dos nossos direitos, porque estamos ocupados tentando evitar mais prejuízos”, comentou um morador, do Nova Lima, que prefere não se identificar.

O cenário de abandono das ruas contrasta com os recentes aumentos salariais aprovados para nossos nobres vereadores e prefeita. A partir de fevereiro, os vereadores de Campo Grande terão um reajuste de 37%, elevando seus vencimentos para mais de R$ 26 mil mensais. Já a prefeita, embora tenha recusado um aumento de 97% após críticas, enfrenta questionamentos amargos sobre a eficácia da gestão pública em atender demandas básicas da população.

O discurso de união entre os poderes executivo e legislativo, frequentemente citado como essencial para o desenvolvimento da cidade, foi classificado pelos moradores como vazio e ineficaz. “É um discurso que não reflete a realidade. Enquanto eles falam de parceria, nós enfrentamos prejuízos e insegurança nas ruas”, desabafou um morador do Jardim Colúmbia, que também prefere não se identificar.

O jeito de fazer o certo

Indignado com a falta de respostas, um grupo de moradores decidiu recorrer ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) para exigir providências. Eles esperam que o órgão pressione a prefeitura a resolver os problemas estruturais que afetam a Rua Paranapebas e outras áreas da região norte.

Enquanto aguardam por melhorias, os moradores permanecem lidando com transtornos diários e prejuízos que, até agora, não têm previsão de solução. O caso expõe uma discrepância entre as prioridades do poder público e as necessidades básicas da população, gerando revolta e descontentamento.